Perguntas Frequentes FIV

e outros tratamentos de Reprodução Humana

1. Qual a diferença entre os tratamentos de Fertilização In Vitro (FIV), Relação Sexual  Programada, e a Inseminação Intrauterina (IIU)?

Na Relação Sexual Programada, o médico acompanha por ultrassonografia o crescimento folicular e indica a data mais adequada para a relação sexual.

Na Inseminação Intrauterina (IIU) o médico acompanha por ultrassonografia o crescimento folicular e os espermatozoides são preparados no laboratório para serem inseridos no fundo uterino.

Na Fertilização In Vitro, os ovários são estimulados para produzirem vários folículos, que serão coletados e inseminados no laboratório. Os embriões serão transferidos para o útero em uma fase adiantada de divisão celular favorecendo a sua implantação.

Portanto, na FIV, os eventuais problemas que impedem a fertilização e desenvolvimento inicial do embrião são observados antes da transferência dos embriões para o útero.

A taxa de gravidez aproximada por tentativa para cada tratamento em mulheres com idade inferior a 35 anos é aproximadamente:

Relação Sexual Programada / Inseminação intrauterina = de 10 a 20%

Fertilização In Vitro (resultados ALFA 2012):

< 35 anos = 50%

35 a 37 anos = 40%

37 a 40 anos = 34%

> 40 anos = 25%

Obs.: Lembramos que a taxa de gravidez considera outras variáveis que devem ser consideradas.

2. A FIV é um tratamento dolorido?

Muito pouco. Dependerá da sensibilidade da paciente. Durante esse tratamento são utilizadas medicações injetáveis, em sua grande maioria com administração subcutânea e, que poderão, ser aplicadas pela própria paciente. De modo geral, o envolvimento do casal é tão intenso, que detalhes como esses se tornam secundários.

3. O tratamento é demorado?

Depois de realizados os exames inicias pelo casal, a duração média entre o início do tratamento até o teste de gravidez é em média de 45 dias.

4. De maneira bem didática, como podemos entender os estágios de meu tratamento?

A. Estimulação Ovariana Controlada:

Serão receitados medicamentos por via subcutânea entre o 1º e 4º dias do ciclo menstrual, para que sejam obtidos óvulos maduros. Na FIV a dose desses medicamentos varia entre 150 e 300 UI e tem como objetivo a obtenção de um bom número de óvulos. Essa medida ajudará na seleção dos melhores embriões, o que consequentemente, aumentara a chance de resultados positivos. Da mesma forma que os outros processos de reprodução assistida, a indução deverá ser acompanhada de ultrassonografia até que os folículos atinjam um diâmetro médio de 18 mm e o endométrio uma espessura superior a 8 mm.

B. Coleta ou Aspiração dos Óvulos:

É feita após 35 horas da medicação chamada HCG. Esta medicação é indicada para maturação dos óvulos até quando atingirem o diâmetro entre 18 e 20 mm no final da indução (2° estágio). Esse processo é indolor, feito com sedação em ambiente cirúrgico e tem duração de aproximadamente 20 minutos. Após 2 horas, a paciente é liberada para atividades rotineiras de baixa concentração. Durante o período de recuperação da paciente dentro da clínica, o marido deverá coletar o sêmen, que será encaminhado junto com os óvulos ao laboratório de fertilização.

C. Transferência de Embriões:

Os embriões são colocados no útero entre 2 a 5 dias após a fertilização dos óvulos com a paciente em posição ginecológica usando um cateter flexível. Esse processo é acompanhado por ultrassonografia de maneira rápida e indolor. Após a transferência, a paciente deverá ficar em repouso na clínica de 30 a 40 minutos e, depois, em sua casa. As atividade de impacto e banhos de imersão deverão ser evitados.

É nesse estágio do tratamento que será decidido o número de embriões a serem transferidos. É um momento importante, onde a decisão a ser tomada deverá ser discutida com o médico. Serão considerados a qualidade dos embriões, a idade da paciente, ciclos anteriores e os temores do casal pela gestação múltipla.

D. Suporte Hormonal:

Após a transferência dos embriões, a paciente receberá um suporte hormonal para garantir um ambiente uterino adequado para a implantação.

5. Quantos embriões devem ser transferidos para o útero?

Hoje em dia, a tendência é de se transferir um número pequeno de embriões (de 1 a 4), uma vez que a tecnologia atual permite a avaliação daqueles que têm maior chance de implantação.  Aqui na clínica, seguimos as normas éticas da resolução 1957 do Conselho Federal de Medicina de 2010. Os embriões são avaliados por sua morfologia como: número de células, grau de fragmentação, velocidade de divisão celular, volume das células entre outros. Os embriões com oito ou nove células no terceiro dia de vida e com grau mínimo de fragmentação possuem melhores chances de implantação. Entretanto, aqueles com pior qualidade não devem ser desconsiderados, pois, embora tenham uma chance menor de implantação, poderão levar à gravidez.

Resolução CFM 2010: Mulheres com até 35 anos recebem no máximo dois embriões. De 36 a 39 anos no máximo três embriões. E mulheres com 40 anos ou mais, no máximo quatro embriões.

6. O número de folículos vistos na ultrassonografia será o número de óvulos na punção?

A média de óvulos encontrados na punção é em torno de 80% dos folículos maiores de 15 mm visualizados na ultrassonografia transvaginal. Em menos de 1% dos casos, infelizmente, podemos não encontrar nenhum óvulo na punção.

7. Como funciona o congelamento dos embriões ?

O congelamento dos embriões é um processo complementar ao ciclo de fertilização a fresco. Se tivermos embriões viáveis em número superior e, que podemos eticamente transferir, indicamos o congelamento. Nesse caso você terá uma chance a mais de engravidar do mesmo ciclo de tratamento. A taxa de gravidez é um pouco menor, mas se for indicado o congelamento vale a pena.

8. E o congelamento de óvulos, como funciona ?

Indicamos o congelamento dos óvulos para preservação da fertilidade em pacientes jovens com câncer antes da quimioterapia e, atualmente, também indicado para a  preservação da fertilidade social. Trata-se de um grande avanço da medicina reprodutiva moderna.

9. É possível escolher o sexo dos embriões antes da transferência?

O Conselho Federal de Medicina considera a seleção social de sexo antiética. Podemos selecionar o sexo dos embriões pela técnica do PGD somente nos casos de doenças genéticas ligadas ao sexo como: hemofilia, doença musculares, etc.

10. Os medicamentos utilizados durante o tratamento são perigosos?

Não. Os indutores da ovulação são receitados com total segurança há mais de 40 anos em todo o mundo. Vários estudos controlados e publicados nas principais revistas médicas internacionais demonstraram que não existe nenhuma relação com o aumento no risco de câncer de mama e ovário em mulheres que se submeteram à indução da ovulação.

Fonte: Prof. Dr. Artur Dzik

Assista o Dr. Artur Dzik explicando como funciona a FIV

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