ICSI

Injeção Intracitoplasmática

As técnicas de injeção intracitoplasmática de espermatozoide, ou ICSI, foram aclamadas como uma revolução nos últimos anos, finalmente oferecendo um tratamento viável para mesmo os mais difíceis casos de infertilidade masculina.

Enquanto, no passado, os médicos não podiam oferecer nada além de adoção ou ID àqueles casais cuja infertilidade era resultante de defeitos graves do espermatozoide, agora a ICSI parece oferecer uma solução para o tratamento desses casos.

A técnica da ICSI faz uso dos mais poderosos microscópios e “micromanipuladores”; embriologistas, por exemplo, segurando um único óvulo humano na extremidade de uma delicada pipeta de sucção, podem penetrar no óvulo com uma agulha sete ou mais vezes mais fina que o diâmetro de um cabelo humano.

Na concepção normal, uma simples ejaculação de esperma pode conter mais de 200 milhões de espermatozóides viáveis – mas apenas algumas centenas desse enorme número realmente alcançarão o óvulo liberado na trompa de Falópio, sendo capazes de fertilizá-lo.

Homens com a contagem de espermatozoides abaixo de mais ou menos 20 milhões (ou 5 milhões por milímetro) sempre foram considerados como de tratamento impossível; agora a ICSI pode obter fertilização com apenas um espermatozoide injetado em um óvulo.

Em Bruxelas, onde a ICSI tem sido aplicada com muito sucesso, até 70 por cento dos óvulos injetados por este método foram fertilizados – e isso muitas vezes com espermatozoides retirados de amostras que não pareciam conter nenhum espécime viável.

Quando os ovos fertilizados por ICSI foram transferidos para a parceira feminina, os índices de gravidez e de crianças nascidas foram tão elevados quanto na FIV rotineira (e em alguns casos mais elevados!).

Essas microtécnicas foram desenvolvidas com o objetivo de tratar a infertilidade não apenas de homens que produzem pequena quantidade de espermatozóides, como daqueles que não produzem absolutamente nenhum espermatozoide, devido a obstrução ou outros distúrbios testiculares.

Uma técnica conhecida como aspiração microepididimal do esperma (MESA) na realidade retira um pequeno espécime de sêmen do epidídimo e usa os espermatozoides recuperados para fertilização por ICSI. Uma técnica similar, na qual os espermatozoides são retirados de uma minúscula biópsia de tecido testicular (conhecida como TESE), ajuda os homens incapazes de produzir seu próprio esperma. Os resultados de ambas as técnicas têm sido bastante encorajadores, sugerindo que os homens que por motivos diversos são incapazes de ejacular ou produzir esperma são agora capazes de suprir o espermatozóide para fertilização dos óvulos de sua parceira.

Os casais inférteis recrutados para os programas de tratamento por ICSI são em geral cuidadosamente selecionados (defeitos graves do espermatozoide, por exemplo), e freqüentemente referem uma história de FIV fracassada. Como existe um risco teórico de que a infertilidade do parceiro masculino seja resultado de uma doença hereditária, podem ser necessários aconselhamento e pesquisa genética. A maioria dos centros também exige acompanhamento durante e após a gravidez.

A parceira feminina, evidentemente, deve seguir os procedimentos rotineiros de superovulação e coleta de óvulos, enquanto o parceiro masculino produz uma amostra de esperma (a menos que estejam indicados MESA ou TESE). É crucial para o sucesso da ICSI a preparação e seleção dos espermatozóides, a qual é feita por um processo de lavagem e seleção. A preparação do esperma permite que apenas alguns espermatozóides viáveis sejam recuperados de uma amostra.

A ICSI é utilizada para tratar casais inférteis com os seguintes diagnósticos:

• Fator masculino severo

• Azoospermia

• Pós-vasectomia

• Fator imunológico

Riscos – Injeção Intracitoplasmática – ICSI

Os riscos da ICSI são poucos. Nos casos em que mais do que três folículos crescerem mais que 14 milímetros , há riscos de uma gravidez múltipla, podendo acarretar o abandono do tratamento.

A gravidez múltipla está associada a altos riscos de abortos ou bebês com peso abaixo do normal – como também maiores dificuldades sócio-econômicas.

Também deverão ser descontinuados os ciclos que apresentarem indícios de uma rara condição conhecida como síndrome de hiperstimulação ovariana – motivo pelo qual o tratamento com drogas é sempre monitorizado . Uma dosagem muito alta da droga pode causar estímulo excessivo dos ovários, observado através de dores abdominais.

Assista o Dr. Artur Dzik com suas orientações aos casais que procuram Tratamentos em Reprodução Assistida

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