FIV
Fertilização In Vitro
A FIV é a técnica original do ‘bebê de proveta’. Provavelmente é o procedimento de reprodução humana mais praticado no mundo.
Em termos simples, a FIV segue as seguintes etapas:
1. Remove vários óvulos do ovário,
2. Fertiliza-os em laboratório com o esperma do parceiro masculino,
3. Transfere uma pequena seleção dos embriões resultantes para o útero, para implantação e gravidez.
Fertilização e a Infertilidade
Embora a FIV tenha sido desenvolvida para tratar casais cuja principal causa de infertilidade é uma lesão tubária, foi constatado que a técnica é útil também nos casos de endometriose, de distúrbios do esperma (espermatozoides em número baixo ou com má formação), e mesmo de infertilidade não explicada.
Fertilização e Índices de Gravidez
Estudos indicam que a expectativa de gravidez após um ciclo de tratamento é de aproximadamente 50% para pacientes com menos de 36 anos e de 25% aos 40 anos e que a probabilidade de parto é ligeiramente menor.
No global, o índice médio de bebês levados para casa após a FIV é de aproximadamente 15 por cento para cada ciclo de tratamento. Esses índices não são muito diferentes dos de casais férteis normais.
A maioria dos estudos mostrou que os índices de gravidez diminuem nas mulheres depois dos 35 anos, razão pela qual muitos especialistas em infertilidade encorajam os casais a agir rapidamente, quando a parceira feminina está com pouco mais de trinta anos de idade.
A FIV é utilizada para tratar casais inférteis com os seguintes diagnósticos:
• Doenças nas trompas que não pode ser corrigida cirurgicamente
• Esterilidade sem causa aparente (ESCA) e sem sucesso com IIU
• Infertilidade por fator masculino
• Endometriose – não responsiva a intervenção clínica ou cirúrgica, não responsiva a IIU
• Problemas imunológicos – não responsivos a IIU
• Esterilização voluntária prévia – Ligadura das trompas
Etapas da FIV
Após a estimulação da ovulação, a paciente tem seus óvulos coletados por aspiração, com auxilio de ultrassom, sob anestesia local e sedação leve.
Os óvulos são levados ao laboratório de gametas onde são identificados e classificados. Quatro a seis horas depois, os óvulos são inseminados com +/- 100.000 espermatozoides móveis.
No dia seguinte é avaliada a fertilização, pela presença dos pro núcleos masculino e feminino. No segundo dia se avaliam as características da divisão do embrião (clivagem), e a transferência é feita em 48 ou 72 horas após a coleta dos óvulos. São transferidos no máximo 4 embriões, e os demais são congelados.
Passo a Passo da FIV
1. Tratamento medicamentoso, para estimular vários óvulos a amadurecer. Agonistas GNRH para suprimir qualquer outra atividade hormonal (injeções / spray nasal durante 2 semanas antes das gonadotrofinas e então, dependendo da resposta, mais 10 a 14 dias. Gonadotrofinas para estimular o crescimento dos folículos e provocar a ovulação.
2. Monitoração do tratamento para medir o crescimento dos folículos, individualizar as doses do medicamento, e prevenir efeitos colaterais sérios. Através de ultra-som transvaginal ( 2 ou 3 vezes durante o ciclo de tratamento). Algumas vezes por dosagem de hormônios em amostra de sangue.
3. Coleta dos óvulos, geralmente sob leve sedação, levando de 10 a 20 minutos orientada por ultra-som transvaginal. Coleta através da vagina (32 a 36 horas depois da última injeção de hormônio).
4. Amostra de esperma, colhida no mesmo dia da coleta dos óvulos. A amostra pode ser obtida de maneira natural ou após aspiração do epidídimo (MESA) ou biópsia do testículo (TESE).
5. Fertilização. Um único espermatozóide é injetado em um único óvulo – Os óvulos são examinados ao microscópio no dia seguinte, para constatar se a fertilização ocorreu.
6. Transferências de embrião (geralmente dois ou três dias após a fertilização). Transferência transvaginal de não mais que 3 embriões. Embriões colocados no útero. Embriões supranumerados congelados.
7. Teste e monitoração 12 a 15 dias após a tranferência do embrião.
Riscos da FIV
Os riscos da FIV são poucos. Nos casos em que mais do que três folículos crescerem mais que 14 milímetros , há riscos de uma gravidez múltipla, podendo acarretar o abandono do tratamento. A gravidez múltipla está associada a altos riscos de abortos ou bebês com peso abaixo do normal – como também maiores dificuldades socioeconômicas. Também deverão ser descontinuados os ciclos que apresentarem indícios de uma rara condição conhecida como síndrome de hiperestimulação ovariana – motivo pelo qual o tratamento com drogas é sempre monitorizado . Uma dosagem muito alta da droga pode causar estímulo excessivo dos ovários, observado através de dores abdominais.
Assista o Dr. Artur Dzik explicando como funciona a FIV
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