Embrião. Afinal, quando começa a vida?
A Medicina muito discutiu e acabou chegando a um consenso de quando termina a vida, pelo menos na Medicina Ocidental, e é com a morte cerebral. Ainda existem países no mundo que não consideram assim, o que nos parece estar totalmente fora dos conceitos atuais.
Apenas para relembrar, a morte cerebral acontece quando não existe mais atividade elétrica no cérebro. Porque, afinal, quem comanda as principais funções vitais do nosso organismo é o nosso Sistema Nervoso Central. Assim, é possível fazer transplante de vários órgãos do corpo, menos do cérebro…
A grande dificuldade, porém, está na discussão do início da vida.
Casais que não conseguem engravidar por meios naturais. Quais são os recursos que a medicina oferece?
E essa é uma dificuldade que tem se refletido diretamente na atividade dos médicos que trabalham com a reprodução assistida e, consequentemente, se reflete também nos casais que nos procuram em busca de uma gravidez que não está sendo conseguida pelos meios naturais apenas.
Aqui no Ocidente, e mormente em países em que a religião é dominante, o conceito de início da vida é o momento do encontro entre óvulo e espermatozoide, ou seja, no momento da fecundação, o que ocorre um dia depois da fertilização, quando se obtém dois pronúbios, um feminino e um masculino.
Como acontece a fecundação na reprodução Humana?
Então, grande parte da sociedade ocidental de fato considera o início da vida como o momento da fecundação. Na reprodução assistida, quando acontece a fecundação e o embrião resultante dela é transferido para o útero, a grande possibilidade é que daí se desenvolva um feto, uma vida.
Mas esse conceito de começo da vida= momento da fecundação, na nossa maneira de ver, está muito longe da realidade médica, da verdade científica. Existe aqui um embate entre a visão científica e a visão religiosa.
A nossa proposta para decidir essa questão passa pela definição do momento da morte. Ou seja, já que se considera que acontece a morte quando do fim da atividade elétrica no cérebro, por que não considerar o início da vida como, também, o início da atividade elétrica cerebral? Ou seja, a formação do Sistema Nervoso Central embrionário.
Fonte: Dr. Artur Dzik
Ciclo Menstrual
A principal característica dos anos reprodutivos da mulher é o ciclo menstrual. Esse processo, no qual um óvulo amadurece e é liberado a cada mês pronto para fertilização, é controlado por um sistema elaborado, envolvendo os hormônios gonadotróficos.
Portanto, o ciclo menstrual mensal das mulheres ocorre em três fases:
• Fase folicular: Dias 1 a 13.
• Fase ovulatória: Em torno do dia 14.
• Fase lútea: Dias 15 a 28.
O ciclo é controlado pelos seguintes hormônios:
• Hormônio folículo-estimulante (Follicle stimulating hormone, FSH)
• Hormônio luteinizante (Luteinizing hormone, LH)
• Estrógeno
• Progesterona
Fertilidade um projeto de vida
Assim, o dia um do ciclo menstrual é marcado pelo primeiro dia de sangramento menstrual. A primeira fase do ciclo é chamada fase folicular e tem a duração de aproximadamente 14 dias. A segunda fase, após a ovulação ter ocorrido, é chamada fase lútea.
O número de óvulos que uma mulher pode produzir no seu tempo de vida é determinado antes do nascimento. Durante sua vida embrionária, milhões de células germinativas especiais são produzidas nos ovários. Muitas delas degeneram e o resto está pronto para desenvolver-se, tornando-se óvulos maduros com o passar do tempo.
Três meses antes da ovulação, até 300 óvulos foram recrutados para crescimento e desenvolvimento. Cada um dos óvulos fica em um saco cheio de fluido ou ‘folículo’, que o cerca e nutre-o durante o desenvolvimento. Cerca de duas semanas antes da ovulação, a secreção de FSH aumenta, estimulando o crescimento e o desenvolvimento dos folículos. Os folículos em crescimento secretam quantidades crescentes do hormônio estrógeno, que faz o tecido que recobre o útero (ou endométrio) espessar-se e promove alterações no muco cervical, que possibilitam uma penetração ótima dos espermatozóides.
Sob a influência do FSH, um folículo ‘dominante’ cresce e amadurece mais rápido do que os outros, que então degeneram. Cerca de 32 h antes da ovulação, a secreção de estrógeno atinge o seu pico, desencadeando um pico de produção de LH. Isso desencadeia a liberação do óvulo maduro a partir do folículo dominante. Os remanescentes do folículo são subseqüentemente transformados em corpo lúteo, que secreta progesterona para preparar o endométrio para implantação. Devido à progesterona, a temperatura corporal eleva-se.
Fertilidade um projeto de vida – Quando o óvulo não é fertilizado.
Se o óvulo não é fertilizado por um espermatozóide dentro de 72 h de sua liberação do folículo, o corpo lúteo irá, no final do processo, degenerar e a menstruação ocorrerá. No entanto, se a fertilização acontece e o embrião resultante continua o seu desenvolvimento, o hCG é produzido. Isso faz com que o corpo lúteo secrete os dois hormônios, estrógeno e progesterona, para assegurar condições favoráveis para a implantação do ovo fertilizado. De fato, a presença de hCG no soro ou na urina é o primeiro indicador de gravidez inicial.
Assista aqui o Dr. Artur Dzik falando sobre infertilidade conjugal.
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